Título: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Autor: Machado de Assis
Editora: Scipione
Nº de páginas: 88
Sinopse: É após a morte que Brás Cubas
decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de
vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na
hipocrisia. O casamento, o adultério, os comportamentos individuais e sociais
não escapam à sua visão aguda e implacável, nesta obra fundamental de Machado
de Assis.
Memórias Póstumas é um livro um tanto
fraco se for comparado com a outra obra de Machado de Assis, Dom Casmurro, mas
mesmo assim consegue entreter o leitor do começo ao fim ao mesmo tempo que faz
uma crítica, com muitas figuras de linguagem, à sociedade carioca do tempo do
autor.
O livro de Machado já começa de
maneira inusitada, um defunto contando sua história de vida, começando a partir
de seu funeral, voltando pelos dias em que ele estava doente, e retornando até
sua infância, a partir desse ponto a narrativa segue de maneira normal, e vemos
o amadurecimento do protagonista, que era extremamente peralta e tinha grandes
ambições de vida. Brás conta sua história de uma maneira que nos dá a impressão
de que estamos falando diretamente com ele, pois a todo o momento ele interrompe
a história e faz comentários filosóficos ou irônicos, tirando nosso foco do
relato.
Cubas não é exatamente o que eu
chamaria de modelo ideal de protagonista, embora ele seja uma boa pessoa ele é
muito arrogante, festeiro, galanteador e até avarento, mas isso é apenas um
reflexo da sociedade em que ele vive, por isso, mesmo não apreciando a conduta
dele é bem interessante examiná-lo. O mais interessante de se avaliar são seus
interesses amorosos, sempre havia algum motivo para seus romances não darem
certo, fosse por causa de um simples defeito na perna (algo inaceitável para
ele) até o fato de uma delas já ser casada.
Mesmo esta obra tendo vários
pontos positivos a seu favor ela tem alguns defeitos que não permitem ela
chegar ao nível excelente, como os vários vãos espalhados por ela, por exemplo,
do nada o melhor amigo de Cubas, Quincas Borba aparece, some, depois reaparece
de novo, e sem explicações do quando ele foi, por que foi e por que voltou, ele
simplesmente aparece do nada (Oi? Coerência?). Sem falar que o último capítulo
não conseguiu ser marcante como o fim de Dom Casmurro, ainda que contenha uma
boa reflexão, afinal, quem lê o título da obra já sabe o destino de seu
protagonista.
Enfim, Memórias Póstumas de Brás
Cubas é um livro que com certeza merece ser lido, seu grande número de
metáforas e a personalidade do protagonista permitem que o leitor faça várias
reflexões durante a leitura. É um livro que acrescenta algo na sua vida.
Nota: 8.0
OBS: Vocês meus caros leitores
talvez não saibam, mas Manuel Antônio de Almeida (autor de Memórias de um
Sargento de Milícias) e Machado de Assis se conheceram, e Manuel até chegou a
dar umas dicas de literatura para Machado, sabendo disso eu me pergunto, será
coincidência os protagonistas dos dois autores serem tão rebeldes na
adolescência?
Li os dois para o vestibular, há 3 anos atrás. Vou te falar que gostei muito dos dois, e a natureza do protagonista é exatamente como vc disse: Reflexo da própria sociedade.
ResponderExcluirQuincas Borba é realmente um equívoco nesse livro, mas na essência, é um conto excelente.
Grande abraço!
satierff.blogspot.com
@osatierff
Tive que ler Memórias Póstumas e assistir o filme pra um trabalho de literatura faz uns anos.
ResponderExcluirNa época foi um livro que não fez diferença alguma na minha vida. Eu tinha curtido muito mais O alienista ( na verdade é um conto, mas ele é a minha verdadeira referência de Machado de Assis), A normalista e Dom Casmurro e achei esse livro fraco, sem graça e até dispensável.
Hoje, depois de ter amadurecido (ou não) na leitura, sinto que eu devia ler esse livro outra vez. Não só esse, mas todos os outros que eu li na escola e morri pra terminar. Mas eu tenho tanto trauminha que não sei se consigo. 8D
taiyounorakuen.blogspot.com
@taiyounorakuen
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ResponderExcluirAdoro Machado!! Li vários dele sem que me obrigassem! rsrsrs Estou seguindo o blog, voltarei mais vezes! Abraços.
ResponderExcluirelasleram.blogspot.com
Nunca li, morro de vontade.. Mas tenho medo de ler, pela linguagem usada.. Mas vou arranjar um tempinho para ler. Gostei da resenha. E acho que vou gostar do livro.. inusitado ! Adoro ! Suhassuh
ResponderExcluirFernando
http://nerdliterario.blogspot.com.br/
Eu não tenho vontade de ler kkkk, mas preciso tudo culpa do vestibular =/
ResponderExcluirEspero gostar do livro, mas pela sua resenha deu para ver que não irei gostar =/
Pelo menos ele tem 88 páginas.
Bianca
Um Universo Fantástico
Acho a história muito interessante, principalmente o começo inovador, e entre aspas revolucionário.
ResponderExcluirConcordo com sua opinião quanto à coerência em algumas partes, mas, entre erros e acertos, esse e outros livros consagraram Machado de Assis como um dos maiores autores do Brasil.
Abraços,
G. Pedro
skoobeiros.blogspot.com
Morro de vontade de ler, mas ainda não tive oportunidade!
ResponderExcluirBjs, Ruama.
http://esquiloscorderosa-ruama.blogspot.com.br/
A obra é em sua essência, revoluvionária, talvez esses pontos negativos a mim não passam de detalhes. Dom Casmurro é colocada como a obra suprema de Machado de Assis, embora a minha preferida dele é Memórias Póstumas de Brás Cubas. Quando a li entendi o motivo de ser apontado como o maior escritor brasileiro.
ResponderExcluirOlá. Vim a pedido de uma amiga. Ela quer saber qual o clímax do livro. Aguardo sua resposta.
ResponderExcluirAmei de paixão a obra. Muito inusitada, esse tom irônico que ela é carregada me fascina, trazendo uma pitada de humor também. Simplesmente aos que gostam de histórias "avessas" digamos assim, é recomendável Brás Cubas. Leio e Recomendo! Uns abraços.
ResponderExcluirObrigada pela resenha, tenho muita vontade de ler esse livro! Bj!
ResponderExcluirAmei sua resenha , super bem feita .... Vistem meu blog .http://estanteliterarianews.blogspot.com.br/
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