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terça-feira, 28 de maio de 2013

Crítica: A Hospedeira

Elenco: Saoirse Ronan, Diane Kruger, Max Irons, Jake Abel, William Hurt, Frances Fisher, Chandler Canterbury, Boyd Holbrook.
Direção: Andrew Niccol
Gênero: Suspense
Duração: 125 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Orçamento: US$ 44 milhões
Sinopse: Na história, nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Melanie é um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.



Aviso: esta crítica é destinada especialmente para aquelas pessoas que já lerem o livro A Hospedeira e desejam conhecer a minha opinião sobre a adaptação, pois a análise que eu farei dela será feita através de comparações com a obra, então se você procura uma crítica que analise unicamente o filme, sem comparações com o livro, este texto provavelmente não agradará você.

Quando eu descobri que o livro A Hospedeira seria adaptado para os cinemas eu não fiquei nem um pouco feliz, tive medo que destruíssem uma das melhores obras que eu já li na vida, um livro que mescla romance e ficção científica na medida certa, que tem personagens marcantes e carismáticos e que contém muitas reflexões sobre o amor e a humanidade, e a ideia de transportar um livro que é tão denso e complexo pros cinemas não me agradava, já que seria uma tarefa muito difícil e os grandes estúdios hoje em dia não são exatamente reconhecidos por seu grande zelo e cuidado nas adaptações de livros que chegam aos cinemas, e como a obra é de autoria de Stephenie Meyer, havia o perigo de a tratarem apenas como um “Crepúsculo com alienígenas”, e criar um filme com apenas muito romance para agradar as meninas pré-adolescentes, mas eu confesso a todos vocês que felizmente as minhas más previsões não se cumpriram.

Quando o filme iniciou-se eu tinha as piores expectativas possíveis, eu realmente não esperava que nada de positivo viesse dele, mas de acordo com que ele era projetado ele foi me conquistando aos pouquinhos, assim como ocorreu com o livro, e quando ele terminou eu cheguei à seguinte conclusão: ela não foi uma adaptação perfeita, mas conseguiu trazer de volta a maior parte das emoções que eu senti quando li o livro.

Saoirse Ronan, assim como eu já esperava, se saiu muitíssimo bem como a protagonista, mas isso não foi surpresa afinal ela é uma atriz talentosíssima e até foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante quando tinha 13 anos pelo filme Desejo e Reparação, então eu sabia que ela faria um bom trabalho com um personagem tão difícil quanto Melanie/Peregrina, mesmo não possuindo o físico da personagem descrito no livro. William Hurt não se parece nada com o Jeb que eu imaginei, mas assim como ocorreu com Saoirse isso não foi um problema, o seu desempenho nesse papel foi ótimo e totalmente fiel ao personagem. Jake Abel foi uma surpresa, eu não simpatizava com o ator e nem esperava que ele conseguisse me conquistar da maneira como Ian conseguiu no livro, mas ele estava especialmente carismático neste filme e obteve êxito em mostrar a amabilidade infinita do personagem, ganhou o meu respeito.

O roteiro conseguiu resumir os eventos do livro de maneira satisfatória, mesmo com vários acontecimentos e personagens deixados de lado o resultado final foi contentador, ele não se limitou em apenas cortar cenas, mas também em adicionar algumas para que os espectadores tenham uma visão mais ampla do universo criado por Meyer e para incluir um pouco da ação que não podemos presenciar no livro devido ao tipo de narrativa optado pela autora em seu livro, por exemplo: as cenas da perseguição implacável da Buscadora, devido a narração em primeira pessoa nós ficamos limitados ao ponto de vista de Peregrina/Melanie, então só podemos presenciar o que ela vivencia, mas no filme não temos este tipo de limitação então podemos acompanhar de perto a busca incansável da Buscadora (interpretada de forma perfeita por Diane Kruger).

Um detalhe que chamou a minha atenção foi o fato de que a maioria dos diálogos foi extraída diretamente do livro, acho que eu nunca vi uma adaptação que tivesse feito algo assim, geralmente boa parte das falas dos personagens se perde durante o processo de adaptação, mas cerca de uns 70% dos diálogos originais estava lá, e creio que este foi o principal detalhe que auxiliou na minha imersão no filme, afinal não é isso que todo leitor deseja, ter trechos inteiros do seu livro preferido copiados na íntegra em sua adaptação.

Encontrei poucos defeitos na película, o principal deles foi a aparência das Almas, que eram excessivamente brilhante e pouco reais, nem pareciam seres vivos de verdade, eu preferia que o visual escolhido fosse menos espalhafatoso. Em segundo lugar, não é possível criar um vínculo emocional tão grande com os todos os personagens da trama da mesma forma como ocorre no livro, nele, tínhamos todo o tempo do mundo para construir um sentimento de amor ou ódio por cada um deles, mas devido ao tempo limitado do filme isso não ocorreu, então Kyle, que eu tanto odiei no livro acabou passando despercebido na adaptação, e Ian e Jeb, que são meus personagens preferidos, não têm tanto destaque.

Eu poderia escrever muito mais neste texto sobre as minhas impressões, mas acredito que já falei os tópicos mais importantes e não quero deixar essa crítica com aparência de uma monografia, espero que tenham entendido o meu ponto de vista.

Nota: 9.0


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Resenha: 72 Horas Para Morrer (Ricardo Ragazzo)


Título: 72 Horas Para Morrer
Autor: Ricardo Ragazzo
Editora: Novo Século
Nº de páginas: 254
Sinopse: Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você! “O Carro pertence à sua namorada.” Com essas palavras, Júlio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.







Entre erros e acertos Ricardo Ragazzo apresenta-nos um thriller policial interessante, mas não empolgante

72 Horas para morrer é um thriller policial que vem recebendo boas críticas pela blogosfera desde o seu lançamento em 2011, e como a literatura nacional tem mostrado uma qualidade alta nos últimos anos fiquei logo curioso para conferi-lo, e a chance de lê-lo surgiu recentemente no Book Tour realizado pelo blog Sybil’s Page. Devo admitir que eu me decepcionei um pouco com o livro, apesar de suas cenas fortes e cheias de ação algumas características da narrativa do autor me incomodaram e impediram que eu aproveitasse totalmente a leitura.

Não se deixem enganar pela espessura do livro, apesar de não aparentar ele possui muitos acontecimentos, personagens e reviravoltas ao seu decorrer, o seu tamanho diminuto se deve à sua narrativa direta e sem rodeios, algo que pode ser positivo ou negativo dependendo de qual trecho dele você estiver lendo, nas cenas de ação isso é muito bom, a rapidez dos acontecimentos fez com que eu sentisse a adrenalina e a pressão que estava sobre os personagens naquele determinado momento, mas em outros momentos do enredo isso provou ser um tiro pela culatra, pois dificultou que eu me conectasse de maneira profunda com alguns personagens ou ficar intrigado com as pistas que surgiam na investigação, afinal eu não tinha tempo suficiente para refletir e absorver o que estava ocorrendo pois tudo era contado de maneira veloz.

Algo que me agradou é a mudança frenética do foco narrativo, Julio é o protagonista da história, porém em vários momentos acompanhamos o ponto de vista de outros personagens, o que em alguns momentos é muito útil pois lembra os filmes e ação que vemos na TV, com várias situações ocorrendo ao mesmo tempo.

Todos os personagens foram bem criados e possuem mistérios que aos poucos foram sendo revelados e eu tive muitas surpresas, o único personagem que poderia ter sido criado com mais cuidado é o protagonista Julio, já as suas reações às vezes são exageradas demais ou não são tão realísticas, já Laura, a filha do protagonista poderia ter sido excluída da trama e não faria falta, ela é de longe a personagem mais irritante e chata que tive o desprazer de conhecer, quando ela surgia em cena tudo o que eu queria é que ela fosse a próxima vítima do assassino, assim ela poderia parar de perturbar a mim e todos a sua volta.

O desfecho do livro é bem polêmico, a maioria dos leitores odiou, mas existem aqueles que adoraram, eu gostei porém achei um tanto estranho, tenho a impressão de que o autor queria tanto criar uma solução chocante e inesperada para o mistério que acabou fugindo totalmente do gênero do livro, mas como eu disse eu gostei, mas achei esquisito.

72 Horas Para Morrer irá agradar aqueles que gostam de leituras com uma narrativa ágil, porém aqueles que gostam de algo mais detalhado talvez não o apreciem tanto.

Para aqueles que querem saber um pouco mais sobre o livro eu vou deixar aqui o link para o excelente vídeo resenha que o Danilo fez sobre o livro.


Nota: 7.0


Promoção

O Clube dos Viciados em Livros e Filmes  participa juntamente com os blogs Sybil's Page, Coolture News, Mundo Otaku, Coração de Tinta e Cantina do Livro do Booktour do Livro 72 Horas Para Morrer. Para concorrer um exemplar do livro + um livro surpresa, basta comentar nessa postagem e em seguida ir NESSE LINK e preencher o simples formulário. Portanto, não deixem de comentar.

Aos participantes, boa sorte!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Crítica: Os Croods

Elenco: Vozes no original de: Nicolas Cage, Ryan Reynolds, Emma Stone, Catherine Keener, Clark Duke, Cloris Leachman.
Direção: Kirk De Micco e Chris Sanders.
Gênero: Animação.
Duração: 98 min.
Distribuidora: DreamWorks.
Orçamento: US$ 120 milhões.
Sinopse: A comédia pré-histórica 'Os Croods' acompanha a família Crood, que tem sua caverna destruída. O clã se vê obrigado a partir em busca de uma nova casa. Liderados por Grug, só não imaginavam que sair das cavernas ia render a maior aventura de suas vidas.
Cage emprestará sua voz a Crug, que cautelosamente guia sua família em busca de um lugar seguro, depois que um terremoto destrói sua casa. Ao tentar encontrar um caminho em ambiente perigoso e hostil, ele encontra o personagem de Reynolds, um nômade que encanta o clã de Crug com seus modos modernos - especialmente sua filha mais velha.



Unindo uma trama inteligente com personagens engraçados e carismáticos Os Croods é garantia de diversão

Da minha lista de filmes mais aguardados deste ano Os Croods com certeza era o que mais criava ansiedade em mim, eu tinha a impressão de que ele seria um dos melhores filmes do ano, porém, devido ao grande número de filmes que eu queria ver no mês de Abril quase que eu perco a minha oportunidade de vê-lo no cinema, mas felizmente a sorte decidiu ficar do meu lado e eu o vi quando estava quase saindo de cartaz, eu o apreciei e gostei muito da mensagem por detrás de seu roteiro, mas não consegui deixar de ficar um pouquinho decepcionado pois esperava mais.

Assim como já era possível constatar no trailer e na sinopse do filme o enredo tem como inspiração o Conto da Caverna do filósofo Platão, aquele em que pessoas vivem presas em uma caverna e tem uma opinião equivocada do mundo externo, até que um deles consegue escapar e conhecer o mundo como ele realmente é, mas quando volta para contar para os seus amigos a sua descoberta corria o perigo de ser ignorado e até assassinado, obviamente a história foi adaptada para ter um tom mais leve e infantil e possuir um desfecho feliz, mas mesmo assim a mensagem principal do conto continua lá, o que já foi suficiente para fazer o filme ganhar a minha simpatia, pois é justamente isso que o cinema precisa, de filmes com conteúdo.

Todos os integrantes da família Crood são adoráveis, é impossível não criar algum afeto por eles, e apesar de alguns membros serem mais explorados e desenvolvidos no decorrer da história do que outros, todos tem a sua personalidade bem delineada, e assim como em toda família eles possuem muitas diferenças, o que geralmente causa, para o nosso deleite, vários conflitos entre eles,  já que todas essas brigas são hilárias.

O mundo pré-histórico criado para o filme pode causar estranheza em algumas pessoas devido aos seus animais e cenários coloridos e peculiares, claramente a equipe de arte do filme optou por não seu fiel a realidade e recriaram tudo do zero, o que é bom pois em minha visão isso deixará tanto as crianças quanto os adultos tão interessados e fascinados por aquele mundo novo quanto a família Crood ficou quando o encontrou.

O filme é divertido e bem leve, mas depois de assisti-lo senti que faltou alguma coisa, devido as minhas expectativas e as críticas que li sobre ele esperava um filme marcante e que entrasse para a minha lista de favoritos, o que não ocorreu, mas da mesma maneira o recomendo para todos.

Nota: 8.5


domingo, 28 de abril de 2013

Crítica: Jack - O Caçador de Gigantes

Elenco: Nicholas Hoult, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Bill Nighy, John Kassir, Eleanor Tomlinson.
Direção: Bryan Singer.
Gênero: Aventura.
Duração: 114 min.
Distribuidora: Warner Bros.
Orçamento: US$ 195 milhões.
Sinopse: 'Jack - O Caçador de Gigantes' conta da história de uma guerra antiga que se reinicia quando um jovem trabalhador do campo abre inconscientemente um portal entre o nosso mundo e uma raça de gigantes apavorantes. Soltos na Terra pela primeira vez depois de séculos, os gigantes tentam reconquistar seu território que foi perdido, forçando o jovem Jack (Nicholas Hoult) a entrar na batalha de sua vida para impedi-los. Lutando por um reino e seu povo, e pelo amor de uma corajosa princesa, ele fica frente a frente com os guerreiros incansáveis que ele pensava ser apenas uma lenda e recebe a chance de ele mesmo se tornar uma lenda também.   



Um filme com uma história fraca, mas que se salva por causa de seu humor e suas grandiosas batalhas

Uma das maiores tendências do mundo cinematográfico atualmente é a de adaptar contos de fadas, Jack o Caçador de Gigantes é a terceira adaptação de histórias infantis que chegou aos cinemas este ano, logo depois de Oz e João e Maria. Esta moda ganhou força em 2010 quando Alice no País das Maravilhas de Tim Burton alcançou a incrível marca de 1 bilhão de dólares em bilheteria, e como o estúdios não perdem uma chance de ganhar dinheiro todos eles se apressaram para elaborar o seu próprio filme baseado em um conto de fadas. Apesar de ter gostado das versões que criaram para estes contos até agora, tenho que concordar que o mercado já está saturado com elas, foram muitos filmes deste tipo lançados em pouco tempo, e apesar de todos terem sido bons nenhum foi espetacular ou marcante para mim ou para a história do cinema, e esse Jack não foge da regra.

Minhas primeiras impressões sobre o filme não foras as melhores, achei o roteiro fraco e um pouco tedioso, apesar da trama do conto original ter sido estendida e ter sofrido alterações para torná-la mais detalhada não parecia que havia muito com o que trabalhar, sem falar que ele tem aquele clima dos filmes que passam à tarde na televisão aberta, Jack é o típico herói que deseja conquistar a garota que ama, mas infelizmente existem alguns empecilhos na sua frente, como o fato dela já ter sido prometida para outro homem e dela viver em uma realidade totalmente diferente da dele.

Assim como o protagonista nenhum dos outros personagens conseguiu ser surpreendente ou fugir dos clichês que se esperam dos filmes deste gênero, com exceção da princesa, que em minha opinião merece ser citada, ela foge daquele estereotipo da princesa indefesa e obediente, mas também não chega a se encaixar na moda atual das mocinhas destemidas, como a Merida de Valente ou a Katniss de Jogos Vorazes, ela é um meio termo.

Logo a história dá uma guinada quando os infames gigantes entram em cena, todas as risadas que dei durante a exibição do filme foram por causa deles, sem falar que eles acrescentaram mais ação e agilidade no enredo, o que dá até pra disfarçar a trama fraca. No início eu achei o visual deles muito estranho, mas logo percebi que eles foram criados daquela maneira rudimentar para dar ênfase no quanto eles são primitivos quando comparados aos humanos, como se eles estivessem milênios atrasados na evolução das espécies. O clímax do filme é realmente bom, o conflito entre os gigantes e os humanos é muito empolgante e enche os olhos, então no fim valeu a pena tê-lo assistido.

Resumindo, o filme é divertido e vale a pena ver com o seu grupo de amigos, mas não espere muito dele.


Nota: 7.5


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Crítica: Oz - Mágico e Poderoso

Elenco: Mila Kunis, Michelle Williams, Rachel Weisz, James Franco, Abigail Spencer, Joey King, Zach Braff, Bill Cobbs, Martin Klebba, Ted Raimi.
Direção: Sam Raimi.
Gênero: Aventura/Fantasia.
Duração: 130 min.
Distribuidora: Disney.
Orçamento: US$ 200 milhões.
Sinopse: 'Oz: Mágico e Poderoso' imagina as origens do adorado personagem de L. Frank Baum, o Mágico de Oz.
Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa é afastado da poeirenta Kansas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande - fama e fortuna o aguardam - isso até encontrar três feiticeiras, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que Oz é o grande mágico pelo qual todos estão esperando. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde demais. Lançando mão de suas artes mágicas através de ilusão, ingenuidade e até de um pouco de magia, Oscar se transforma não apenas no grande e poderoso Mágico de Oz, mas também em um homem melhor.



Agradável para os olhos, a mente e o coração.

Criar sequências ou prelúdios para filmes clássicos do cinema é sempre perigoso, na maioria das vezes isso ocorre porque o estúdio quer ganhar um dinheiro fácil devido à fama do filme e o resultado acaba não sendo positivo, então vocês me compreendem se eu disser que estava um pouco temeroso com este filme, mas ele acabou atingindo as minhas expectativas.

O início dele, assim como no filme O Mágico de Oz de 1939, é sem cores, a diferença é que nele optaram pelo uso do formato preto e branco enquanto que no filme clássico é usado o sépia, mas o uso dos dois formatos tem o mesmo objetivo segundo a minha interpretação, salientar a grande diferença que existe entre o nosso mundo e o reino de Oz, e eu confesso que não esperava gostar tanto desta falta de cores, apesar de me considerar cinéfilo ainda não me aventurei muito pelos filmes em preto e branco, mas neste filme achei que esse formato ficou realmente charmoso, depois de alguns minutos até me esqueci da total ausência de cores, mas depois dos 20 minutos iniciais somos apresentados à super colorida terra de Oz com seus habitantes peculiares.

Um dos detalhes que me preocupava antes de assistir este filme eram os seus efeitos visuais, em minha opinião efeitos espetaculares não salvam um filme do fracasso, mas mesmo assim gosto quando eles são criados cuidadosamente, e nos trailers existentes eles pareciam estranhamente mal feitos, como se ainda não estivessem finalizados, mas enquanto assistia ao filme eu pensei que esse era o objetivo do estúdio, esses efeitos poucos reais e um tanto caricatos dão ênfase no quanto Oz é um lugar surreal.

O roteiro e os personagens são superficiais, mas isto não é algo ruim no caso deste filme, tudo o que ele pretende ser é uma fábula de fantasia agradável ao público infanto-juvenil, sem ter uma história muito densa ou personagens muitos profundos, e ele cumpriu o seu objetivo, os personagens são totalmente unidimensionais, mas verdadeiramente encantadores, como Michelle Willians, cuja personagem lembra aquelas fadas madrinhas dos contos infantis, enquanto que Mila Kunis e Rachel Weisz se assemelham demais com as bruxas más destes mesmos contos. O Mágico de Oz é o único que foi criado com mais cautela (afinal ele é protagonista), ele tem a sua personalidade bem delineada com muitos defeitos e qualidades, e James Franco se encaixou como uma luva neste papel.

Caso você tenha grandes expectativas para este filme ou por acaso tenha preferência por roteiros mais profundos e inteligentes provavelmente não irá gostar deste filme, mas caso você seja mais flexível e goste de filmes com conteúdo mais infantil com certeza irá apreciá-lo

Nota: 8.0